Vizinhos temem reativação de pedreira em Santo Tirso: “Era muito barulho… Isto tremia tudo”
Quando Iva Guedes trocou a “confusão” do Porto pelo sossego de Monte Córdova, pacata freguesia de Santo Tirso onde nasce o rio Leça, não imaginava que teria de enfrentar o calvário que moradores como Manuela, Orlando ou Leonor não conseguem apagar da memória dos anos de exploração da pedreira do Lajedo. Em 2024, o complexo foi reativado e ampliado ilegalmente para zona de reserva, depois de ter estado inativo durante mais de uma década.
“Era muito barulho, eram os tiros [rebentamentos, para extrair a pedra]… Isto tremia tudo”, recorda Gilberto Marinho, enquanto o vizinho Orlando Ribeiro não esquece “o pó” gerado pela extração do granito. “Na zona onde resido, era um manto branco”, descreve, de olhos postos no monte esventrado, temendo que, agora, os efeitos daquela indústria extrativa se agravem, dado o alargamento das instalações e a maquinaria já colocada.