O gabinete de Biden anunciou em 18 de maio que o ex-presidente democrata tinha sido diagnosticado alguns dias antes com uma forma agressiva de cancro da próstata com “metástases ósseas”.
Este caso tem uma pontuação de 9 na escala de Gleason, que avalia a agressividade dos cancros da próstata numa progressão até 10.
O democrata explicou hoje que decidiu seguir uma dieta como parte do seu tratamento.
“A nossa previsão é que vamos vencer” este cancro, acrescentou.
“Não está em nenhum órgão, os meus ossos estão fortes, não penetrou. Por isso, sinto-me bem”, insistiu.
O anúncio de Biden sobre o cancro reacendeu as especulações, alimentadas pelo seu sucessor Donald Trump e pela campanha republicana, sobre um possível encobrimento do declínio da saúde do democrata por parte da sua comitiva durante o seu mandato.
A ex-vice-presidente Kamala Harris entrou na corrida presidencial de 2024 depois de Biden ter desistido, no meio de preocupações com a sua saúde após um debate desastroso com o republicano.
Questionado hoje sobre a polémica, o ex-presidente respondeu com sarcasmo: “Sou mentalmente incompetente e não consigo andar”.
Biden vincou que não se arrepende de ter concorrido inicialmente à presidência para um segundo mandato e afirmou que os seus adversários democratas deveriam tê-lo desafiado, mas desistiram porque “os teria derrotado”.
O democrata também assistiu hoje a uma cerimónia, que assinalou o 10.º aniversário da morte do seu filho mais velho, Beau, que faleceu em 2015, vítima de cancro no cérebro, aos 46 anos. “Para ser sincero, é um dia difícil”, reconheceu.