Novo presidente promete “diálogo” para Aveiro avançar

Foto: Maria João Gala
Luís Souto não conseguiu maioria absoluta e terá de fazer parcerias para manter o município com o “pé no acelerador”.
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Luís Souto, o novo presidente da Câmara de Aveiro, eleito pela coligação Aliança com Aveiro (PSD/CDS/PPM), foi esta sexta-feira empossado para o mandato 2025/2029, dando início ao que chamou de um “novo ciclo”. Prometeu diálogo com a oposição, a quem pede responsabilidade, para poder manter o “pé do acelerador” e fazer Aveiro avançar. No seu discurso, admitiu ao irmão, Alberto Souto, cabeça de lista pelo PS, que o combate foi “duro”, e deixou uma palavra de “gratidão” ao antecessor, Ribau Esteves.
O novo edil prometeu dar continuidade à dinâmica dos últimos anos, um legado de Ribau Esteves pelo qual expressou “gratidão”. “Não vimos para reverter ou destruir aquilo que foi feito. Queremos Aveiro com o pé no acelerador e não no travão”, assegurou.
Souto, que foi empossado com os restantes membros do executivo – Rui Santos, Ana Oliveira e Pedro Almeida, eleitos pela Aliança com Aveiro; Alberto Souto, Paula Urbano, Rui Dias e Leonardo Costa pelo PS; e Diogo Machado, pelo Chega – não conseguiu a maioria absoluta que almejava, pelo que deverá ter de fazer parcerias com a oposição em algumas matérias. Alberto Souto confirmou ao JN que vai suspender o mandato na primeira reunião do executivo, devendo ser substituído por Isabel Vila-Chã.
Lembrando que alertou para os riscos de “mecanismos potenciadores de instabilidade e bloqueio” durante a campanha, Luis Souto assumiu que agora é preciso “aceitar” o resultado. “Esta nova conjuntura exige uma atitude de diálogo com as forças da oposição e de abertura para soluções que, acima de tudo, resultem em benéficos para as populações”, disse, prometendo “encontrar os caminhos” para atingir esses objetivos.
A vitória foi conseguida sob circunstâncias “adversas” – “Quase apetece dizer: o palco estava montado, as luzes da ribalta já estavam ligadas, mas parece que não eram para nós” – mas é da Aliança com Aveiro e, por isso, “exige da parte de quem não venceu o acatamento da decisão popular e responsabilidade, numa atitude colaborativa para o bem de Aveiro”.
No fim, dirigiu-se ao irmão Alberto Souto, para admitir que “foi duro” estarem em “lados opostos”, mas isso já se antevia, dada a “liberdade de pensamento e opção política” com que cresceram.