Transtejo Soflusa celebra 50 anos com aposta em navios 100% elétricos

Foto: Transtejo Soflusa
Nos 50 anos da Transtejo Soflusa, cumpridos esta quarta-feira, a empresa de transporte fluvial do rio Tejo aponta a aposta elétrica no horizonte imediato e deixa a porta aberta para “novas ofertas e localizações”.
“O atual desafio é estabilizar a oferta elétrica”, indica Rui Ribeiro Rei, presidente do Conselho de Administração da empresa de transporte fluvial, que faz a ligação entre as duas margens da foz do rio Tejo. A previsão é que 2026 comece com a utilização de navios 100% elétricos, sem emissões poluentes, em Cacilhas, no concelho de Almada.
“O mês de novembro de 2025 representou uma redução em 92% das supressões de navios, o que quer dizer que estamos no caminho da normalização da oferta, do crescimento e da introdução na operação da frota elétrica”, adiantou o administrador do grupo que junta a Trantejo, fundada em 1975, e a Soflusa, em 1993.
A empresa de transporte fluvial da Área Metropolitana de Lisboa, que assinala hoje meio século de existência, está ainda a estudar “novas ofertas e novas localizações”. “Algés e Parque das Nações podem ser hipóteses”, antecipou Rui Ribeiro Rei, apontando que “os estudos no próximo ano vão trazer resultados para estas necessidades”.
A Transtejo Soflusa serve, anualmente, mais de sete milhões de passageiros, nas ligações fluviais de Cacilhas, Montijo e Seixal. Segundo a empresa, cerca de um milhão de habitantes dos municípios de Almada, Montijo, Lisboa e Seixal precisam de deslocar-se entre as margens
do Tejo, por motivos laborais, sociais, pessoais ou de lazer.
A frota é composta por 26 navios: 20 catamarãs, dois ferries para passageiros e veículos, e quatro cacilheiros.