Macron nomeia Sebastien Lecornu como novo primeiro-ministro

Corpo do artigo

Segundo o Eliseu, após as discussões com as forças parlamentares, “caberá ao novo primeiro-ministro propor um governo ao presidente da República”.

“A ação do primeiro-ministro será pautada pela defesa da nossa independência e do nosso poder, pelo serviço ao povo francês e pela estabilidade política e institucional para a unidade do país”, refere a nota da presidência francesa.

Macron, acrescenta, “está convicto de que, com base nestas bases, é possível um acordo entre as forças políticas, respeitando as convicções de cada uma”.

François Bayrou apresentou hoje formalmente a demissão a Macron.

Sébastien Lecornu integrava a lista de possíveis nomes de confiança do presidente francês para o cargo de primeiro-ministro, para o qual o secretário do Partido Socialista francês, Olivier Faure, se tinha oferecido.

Este é o quinto primeiro-ministro do segundo mandato presidencial de Macron.

Na segunda-feira, François Bayrou viu chumbada a moção de confiança por uma esmagadora maioria de 364 votos contra 194, que tinha levado ao parlamento para reforçar a liderança perante a delicada situação das finanças públicas e antecipar a votação do plano orçamental para 2026, fortemente criticado, com cortes na ordem dos 44 mil milhões de euros.

Coincidindo com a demissão de Bayrou, pela primeira vez em mais de duas décadas, o prémio de risco da dívida francesa ultrapassou esta manhã o da Itália, com 82 pontos de base contra 81,8, sendo o pior da zona euro.

O político centrista chegou ao cargo na sequência da moção de censura ao antecessor, o conservador Michel Barnier, em funções durante três meses.

No mandato de apenas nove meses, Bayrou enfrentou oito moções de censura, que em França podem ser aprovadas sem lugar à formação de um novo Governo com uma maioria parlamentar alternativa.