FBI investiga fuga de documentos com planos de ataque israelitas contra o Irão

“O FBI está a investigar a suposta ‘fuga’ de documentos confidenciais e a trabalhar em coordenação com os nossos parceiros no Departamento de Defesa e nos serviços secretos”, refere um comunicado emitido pela agência policial federal.

Atribuídos à Agência Nacional de Inteligência Geoespacial e à Agência de Segurança Nacional, os documentos referem que Israel ainda estava a preparar os meios militares para conduzir um ataque militar em resposta ao ataque do Irão com mísseis balísticos, no dia 1 de outubro.

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Marcados como ultrassecretos e aparentemente recolhidos por imagens de satélite, os planos foram pela primeira vez difundidos na sexta-feira, através da rede social Telegram, com a alegação de que tinham sido publicados por elementos dos serviços secretos dos Estados Unidos e, mais tarde, pelo Departamento de Defesa norte-americano.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse, na segunda-feira, que estava em curso uma investigação no Departamento de Defesa, sem esclarecer se a publicação não autorizada de documentos se deveu “a fuga ou a pirataria informática”.

Já o candidato republicano às eleições presidenciais dos EUA, Donald Trump, criticou hoje a “incompetência” da administração democrata, acusando-a de ter “entregue todos os planos israelitas ao inimigo iraniano”, durante uma ação de campanha em Miami, no estado da Florida. “Provavelmente vem do Departamento da Defesa. Precisamos de encontrar o autor da fuga”, escreveu na rede social de que é dono, a Truth Social.

Israel já anunciou a intenção de responder ao lançamento de cerca de 200 mísseis pelo Irão contra o seu território em 1 de outubro.

O Irão afirmou, por sua vez, que os bombardeamentos foram uma retaliação aos ataques israelitas que mataram Hassan Nasrallah, o líder do Hezbollah, partido xiita libanês, e de um general iraniano, Abbas Nilforoushan, durante bombardeamentos a Beirute, em 27 de setembro, bem como o assassínio do líder do grupo islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em 31 de julho, por via de um engenho explosivo.