Donald Trump garante que Israel não voltará a atacar o Catar

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“Estamos focados no que está a acontecer agora”, apontou Rubio, referindo-se ao papel do Catar como mediador junto do Hamas.

O Departamento de Estado norte-americano adiantou hoje que Marco Rubio vai manifestar na terça-feira o apoio de Washington à soberania do Catar, durante uma visita ao país árabe.

O chefe de Estado norte-americano advertiu também hoje o movimento islamita palestiniano Hamas para não utilizar os reféns israelitas que ainda mantém em Gaza como escudos humanos.

Na sua conta na rede social, a Truth Social, Trump disse ter “lido algumas notícias” – sem especificar o meio de comunicação social – de que os reféns seriam trazidos dos seus esconderijos subterrâneos para a superfície de Gaza.

Para Trump, tal ideia equivaleria a “uma atrocidade humana, como poucas pessoas já viram antes”.

De seguida, emitiu um alerta mais explícito ao Hamas: “Não deixem que isto aconteça, ou QUALQUER COISA PODE ACONTECER AQUI”, escreveu.

O Hamas mantém cerca de 50 reféns há quase dois anos, escondidos no subsolo, e teme-se que metade já estejam mortos há meses.

Trump escreveu a sua mensagem numa altura em que o Exército israelita intensifica a sua ofensiva contra a cidade de Gaza, em preparação para uma invasão terrestre.

As forças israelitas estão a atacar agressivamente a cidade, cercada e sob ordens de evacuação, com helicópteros, drones e robôs carregados de explosivos, enquanto as suas tropas ganham terreno em diferentes áreas nos arredores da cidade, especialmente no noroeste.

O tema dos reféns tornou-se o principal argumento para a continuação da guerra: a sua libertação como pré-condição para qualquer negociação – contra a opinião de grande parte da sociedade israelita – enquanto o Hamas os considera a sua única alavanca negocial restante.

As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007.

A ofensiva seguiu-se ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.