Montenegro quer combate à burocracia para responder aos alertas de Bruxelas
O excesso de burocracia apontado por Luís Montenegro, na tomada de posse, como um dos principais “constrangimentos que limitam a nossa capacidade de crescer” é, para a Comissão Europeia, um forte entrave ao desenvolvimento do país. Para responder aos alertas de Bruxelas, o primeiro-ministro “declarou guerra” aos formalismos, fundou um novo ministério e escolheu um líder que defende a simplificação da Administração Pública e a digitalização da Justiça.
Num relatório de 15 páginas dirigido a Portugal, a Comissão Europeia elencou um conjunto de recomendações para acelerar a desburocratização, num país onde quase metade (48,8%) das empresas apontam a regulamentação como um “obstáculo fundamental ao investimento”. O organismo europeu diz que é necessário “simplificar” os processos e “reduzir a carga administrativa que pesa sobre as empresas, principalmente através da redução dos obstáculos à concessão de licenças industriais e da eliminação de outros obstáculos à sua capacidade de expansão e de reforço da inovação e da produtividade”. Portugal deve ainda “aumentar a eficiência dos tribunais administrativos e fiscais, a fim de reduzir a duração dos processos” e “melhorar a eficácia do sistema fiscal”.