Hutis reivindicam novo ataque contra navio dos EUA no golfo de Aden
Os rebeldes Hutis do Iémen reivindicaram hoje um ataque contra um navio norte-americano que circulava no golfo de Aden, na mais recente ofensiva deste grupo xiita apoiado pelo Irão contra os transportes comerciais.
“As forças navais das forças armadas iemenitas (nome dado ao braço armado dos Hutis) realizaram uma operação direcionada contra um navio americano, o Chem Ranger, no golfo de Aden com vários mísseis navais, vários dos quais que atingiu o seu alvo”, referiram os rebeldes em comunicado.
Segundo o ‘site’ especializado Marine Traffic, o Chem Ranger é um petroleiro com bandeira das Ilhas Marshall e que esteve ao largo da costa do Iémen nos últimos dias. O petroleiro deixou o porto da cidade saudita de Jeddah com destino ao Kuwait.
Este é o terceiro ataque da semana contra navios dos EUA e o quarto em geral desta semana.
“Uma resposta aos ataques americanos e britânicos é inevitável. Qualquer nova agressão será punida”, frisaram ainda os rebeldes iemenitas, afirmando que só têm como alvo os navios ligados a Israel “enquanto não houver cessar-fogo e o cerco a Gaza não for levantado”.
Os Estados Unidos atacaram hoje locais dos Hutis no Iémen pela quinta vez, em resposta aos ataques do grupo apoiado pelo Irão a navios mercantes no mar Vermelho, uma área crucial para o comércio internacional.
Esta é a segunda vaga de bombardeamentos norte-americanos em menos de 24 horas contra mísseis Hutis, movimento que foi recolocado na quarta-feira por Washington numa das suas listas de “organizações terroristas”.
O Presidente dos EUA Joe Biden garantiu que estes ataques vão continuar, enquanto os Hutis perturbarem o comércio marítimo internacional ao largo do Iémen.
Este grupo apoiado pelo Irão atacou dezenas de navios mercantes que considera “ligados a Israel” no mar Vermelho e no golfo de Aden, desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Estes ataques, que dizem ser realizados em solidariedade com o território palestiniano, obrigaram muitos armadores a suspender a passagem das suas frotas pelo mar Vermelho.