Hunter Biden acusado de desrespeito à Câmara dos Representantes
Os eleitos republicanos na Câmara dos Representantes apresentaram hoje uma proposta de resolução em que acusam Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden, de desrespeito, a qual será enviada ao Departamento de Justiça, se for aprovada.
No texto, proposto na comissão de Controlo e Responsabilidade da câmara baixa do Congresso, considera-se que Hunter Biden deve ser declarado culpado de desrespeito à instituição, por não ter comparecido a uma audiência à porta fechada, em dezembro, marcada no quadro da investigação, de essência política, que os republicanos lançaram contra o presidente.
A resolução propõe que o presidente da Câmara dos Representantes, o também republicano Mike Johnson, remeta depois o documento “a um advogado dos EUA apropriado”, para que proceda contra Hunter.
O filho de Biden está a ser investigado pela maioria republicana da Câmara de Representantes no seguimento das indagações abertas contra o seu pai por alegadas irregularidades, como tráfico de influências, para beneficiar familiares em negócios quando foi vice-presidente dos EUA, durante a presidência de Barack Obama (2009-2017).
Em 13 de dezembro, dia em que estava convocado para ser ouvido, Hunter chegou ao Congresso, mas em vez de se dirigir para ao sala da comissão, onde falaria à porta fechada, fez uma declaração pública aos jornalistas à entrada do Capitólio.
“Estou aqui para garantir que a investigação ilegítima da comissão sobre a minha família não prossiga com distorções, provas manipuladas e mentiras”, declarou Hunter Biden, que se considera vítima de uma campanha da direta que prejudicou a sua imagem e a da sua família.
As comissões de Controlo e Responsabilidade e do Poder Judicial vão reunir na quarta-feira para apreciarem a resolução de desrespeito.
Em dezembro, o presidente da comissão de Controlo e Responsabilidade, James Comer, destacou, em comunicado, que o filho do presidente não receberia um tratamento especial apenas pelo seu apelido e o facto de não se ter apresentado quando devia “reforça a necessidade” de um voto formal contra si.