Drone ‘apanha’ possível incendiário em incêndio em Itália

A polícia na região da Calabria decidiu utilizar drones para ajudar a detetar possíveis incendiários, que têm intensificado os fortes incêndios florestais no país.

Um ‘novo’ agente ajudou a polícia italiana a apanhar um possível incendiário, depois de as autoridades locais terem começado a usar drones para detetar criminosos na região da Calabria.

Os drones, com câmaras de alta resolução com capacidade térmica, passaram a fazer parte das medidas aplicadas pelas autoridades para procurar colmatar os estragos já consideráveis dos incêndios na região.

O sul de Itália tem sido uma das zonas do sul da Europa mais afetadas pelos fogos florestais, a par das ilhas gregas.

O vídeo captou um homem a sair de uma zona onde um fogo começava a deflagrar, com uma mota na mão, que usou para se afastar do local. O suspeito percebe que está a ser visto, e é apanhado a atirar pedras na direção do drone, sendo que as imagens foram divulgadas pela polícia.

O homem, um residente local de 47 anos com um historial de crimes pouco graves, foi localizado num celeiro isolado. As ações foram duramente criticadas pelo governador da região.

“A Calabria é uma região civilizada, mas também tem imbecis que ateiam fogos nas florestas, como este incendiário apanhado ontem. De onde é que ele veio, das cavernas?”, questionou Toberto Occhiuto, num vídeo partilhado nas redes sociais e citado pela NBC News.

O governador acrescentou que a polícia mobilizou 30 drones, num esforço para detetar mais potenciais suspeitos.

Apesar de vários fogos começarem com mão criminosa, a maioria dos incêndios florestais registados este verão são provocados pelas alterações climáticas, potenciadas pela ação humana no ambiente, que se refletem em temperaturas extremas e ventos fortes.

Pelo menos quatro mortes foram já registadas em Itália devido aos incêndios, mas a Algéria é, de longe, o país mais afetado pelos fogos, com pelo menos 34 pessoas a morrerem na sequência dos fogos .

Além dos fenómenos meteorológicos extremos destes últimos dois meses, as Nações Unidas declararam na quinta-feira que julho foi o mês mais quente alguma vez registado, e o secretário-geral, António Guterres, declarou que o mundo passou para uma fase de “ebulição global”.