Alemanha expulsa cidadão sírio para o seu país pela primeira vez desde 2011

Este anúncio surge após meses de diálogos com o governo islamista sírio. Também foram feitos esforços semelhantes com os talibãs afegãos.

A Alemanha tinha como política não devolver aos seus países de origem cidadãos de países em guerra ou quando existisse um risco real para a pessoa expulsa.

O chanceler Friedrich Merz, conservador aliado aos sociais-democratas, endureceu a política migratória do país, num contexto de ascensão do partido antimigração Alternativa para a Alemanha, que atribui a criminalidade e recentes ataques islamistas à chegada maciça de imigrantes. Em novembro, Merz ressaltou que a Alemanha podia “claramente” expulsar sírios, mesmo que o país estivesse em ruínas e os combates continuassem em certos pontos do território.

A Alemanha também retomou as expulsões para o Afeganistão, apesar do regresso dos talibãs ao poder em 2021 e da repressão neste país.

Centenas de milhares de sírios e afegãos instalaram-se na Alemanha durante a crise migratória de 2015, quando a então chanceler Angela Merkel decidiu aplicar uma política de portas abertas.