Zelensky garante que plano de paz dos EUA já não tem 28 pontos

Corpo do artigo

Segundo o governante, citado pela agência de notícias Ukrinform, ainda há trabalho a ser feito para tornar o documento final satisfatório.

“Agradecemos que a maioria do mundo esteja disposta a ajudar-nos, e o lado americano tem uma postura construtiva”, frisou o chefe de Estado ucraniano, acrescentando que irá discutir diretamente questões sensíveis relacionadas com este plano com Donald Trump.

“A Ucrânia nunca será um obstáculo à paz – este é o nosso princípio, o nosso princípio comum, e milhões de ucranianos contam com uma paz digna e merecem-na. Faremos tudo para a alcançar e estamos prontos para trabalhar o mais rapidamente possível”, assegurou o líder ucraniano.

Zelensky avisou, no entanto, que a Rússia não irá reduzir a pressão sobre a Ucrânia e insistiu: “Nas próximas semanas, devemos estar muito atentos aos alertas de ataques aéreos”.

O governante ucraniano enfatizou que seria “justo para todos os nossos parceiros, e sobretudo para o lado americano, considerar a ameaça que os seus serviços de informação identificam”.

“E se houver negociações, se houver uma abordagem construtiva, se estivermos realmente a pôr fim à guerra, então não deve haver mísseis, nem ataques em massa contra a Ucrânia, contra o nosso povo. Isto pode ser feito por aqueles que são fortes no mundo”, concluiu Zelensky.

O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo do presidente norte-americano, Donald Trump, é visto com grande preocupação em Kiev, pois incorpora várias exigências russas importantes: a Ucrânia ceder território, aceitar uma redução do exército e renunciar à adesão à NATO.

No entanto, oferece a Kiev garantias de segurança do Ocidente para evitar quaisquer novos ataques russos.

Donald Trump deu à Ucrânia até 27 de novembro para responder às soluções propostas pelos norte-americanos.

Em caso de rejeição por parte da Ucrânia, [o presidente russo, Vladimir] Putin, ameaçou continuar os ganhos territoriais na frente de batalha, onde as tropas russas detêm a vantagem.

Perante esta dupla pressão dos Estados Unidos e da Rússia, Zelensky iniciou também consultas com os principais aliados na Europa.