Fim da paralisação do governo dos EUA é “grande vitória” para republicanos

Foto: Anna Moneymaker / Getty Images / AFP
O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou esta terça-feira que o iminente fim da paralisação do governo norte-americano é uma “grande vitória” para os republicanos.
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Num discurso no Cemitério Nacional de Arlington, no Dia dos Veteranos, Trump elogiou o trabalho dos líderes republicanos na Câmara de Representantes, Mike Johnson, e no Senado, John Thune.
“Parabéns a si, John e a todos por esta grande vitória”, disse Donald Trump ao líder na câmara baixa do Congresso, Mike Johnson, que estava presente.
“Estamos a reabrir o país; nunca deveria ter sido paralisado”, acrescentou.
Após um dia de oito votações, o Senado aprovou, na segunda-feira, o acordo de financiamento provisório que prevê a libertação de fundos para grande parte do governo federal até 30 de janeiro e mantém certos programas, incluindo agricultura, construção militar e assuntos de veteranos, em funcionamento até setembro.
Com 60 votos a favor e 40 contra, o acordo, promovido pelos republicanos com apoio de oito democratas, foi alcançado no 41.º dia de paralisação do Governo.
Além de repor financiamento, o acordo reverte mais de 4.000 despedimentos que a Administração Trump tentou levar a cabo no início do encerramento e proíbe novos cortes até final de janeiro.
No entanto, o texto não inclui a prorrogação dos subsídios da lei dos cuidados de saúde (Obamacare), que expiram no final do ano e cujo fim pode aumentar os custos com saúde para milhões de norte-americanos.
Os democratas fizeram pressão para incluir esta medida, mas os republicanos recusaram-se a discutir a política de saúde antes do fim da paralisação do Governo por efeito do bloqueio orçamental.
A paralisação do Governo, a mais longa da história, permanece em vigor por, pelo menos, mais 48 horas e, até agora, por exemplo, causou milhares de cancelamentos de voos, afetou diretamente 1,3 milhões de trabalhadores federais, bem como suspendeu o pagamento do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), que beneficia 42 milhões de norte-americanos.
A Câmara de Representantes deverá debater a legislação na quarta-feira, podendo a votação ter lugar no mesmo dia.
Com os líderes democratas da Câmara a rejeitarem o pacote, caberá a Johnson aprová-lo com a ajuda de deputados maioritariamente republicanos – com muito pouca margem para deserções numa Câmara que está dividida por uma margem apertada.
Em caso de aprovação, apenas a assinatura de Donald Trump seria necessária para se tornar lei.