Frente a frente: Ventura “na eleição errada” e Seguro “com vergonha do PS”

Corpo do artigo

Ofereceu número de Carneiro

“É a sua herança do PS”, criticou o líder do Chega, notando que os socialistas deixaram “os salários mais baixos da União Europeia” e “a imigração de jovens”. Mas Seguro disse ser “muito orgulho” no apoio do PS.

“Se quiser debater com o PS, dou-lhe o telefone de José Luís Carneiro. Está na eleição errada”, retorquiu, afirmando que Ventura está a “ferir o contrato de confiança” com o seu eleitorado porque, “em pouco tempo, quer tudo”.

Guião para pacto na Saúde

“Se estou na eleição errada, imagine a sua”, respondeu Ventura, por estar à sua frente nas sondagens. “Tem vergonha do PS, da herança do PS”, atacou ainda. Mas Seguro repetiu que irá receber Ventura em Belém na qualidade de líder partidário e entregou-lhe já esta segunda-feira um guião do seu pacto para a Saúde.

Presidente mais ativo

Quanto a uma alteração de poderes, Ventura defendeu um presidente “mais atuante”, não uma “jarra de enfeitar”, e prometeu “dar um murro na mesa”. “Mas quer ser primeiro-ministro ou presidente da República?”, exortou Seguro, sendo depois acusado de representar “o mal que o PS fez ao país” e de “conversa da treta”.

“Estigmatizar imigrantes”

Seguiu-se Angola: o líder do Chega disse que Seguro “ficou em silêncio” perante “a humilhação de Marcelo”, tendo o adversário dito que faria o mesmo que o atual presidente.

Ventura acusou ainda Seguro de aceitar que venha alguém do Bangladesh “passar à frente” e disse que o PS “abriu as portas a toda a gente”. O adversário acusou-o de “estigmatizar” os imigrantes e promover “o ódio”, recordando a tese que Ventura fez sobre o assunto em Dublin, há 12 anos.