Portugal anuncia 1,5 milhões para apoiar políticas climáticas nos países lusófonos

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O valor será alocado ao longo dos próximos cinco anos, num fundo que já tem a participação da Bélgica.

“Nós vamos ter técnicos a dar maior capacidade e formação aos negociadores de clima de cada um destes países”, frisou.

Para reagir ao problema das alterações climáticas, como é que se faz um inventário, como é que se contabiliza, como é que se monitoriza, quais são as melhores políticas, trocas de experiências”, detalhou.

No dia anterior, na inauguração do Pavilhão de Portugal nessa COP que se realiza até 21 de novembro, a ministra do Ambiente e Energia de Portugal garantiu à Lusa que o Governo português encara a luta contra as alterações climáticas como uma questão de segurança nacional e “uma guerra” que tem de ser vencida.

A ministra do Ambiente e Energia de Portugal garantiu que Portugal encara o desafio precisamente com “essa atitude”: “lutar contra os efeitos das alterações climáticas, dar resiliência e dar segurança.”

Esta postura, salienta, também significa “preparar a segurança nacional”.

“Evitar as inundações, evitar erosão costeira, evitar catástrofes naturais, segurança contra os grandes incêndios é segurança nacional”, sublinhou Maria da Graça Carvalho.

Durante os 12 dias da conferência, o Pavilhão de Portugal acolherá sete eventos diários sobre clima, oceanos, água e energia, e poderá também servir de apoio para as delegações lusófonas, com a ministra a admitir que Portugal pode ter um importante papel de mediador entre a Europa e África.

“Um ponto de encontro para as reuniões discussões”, disse a ministra, logo após a abertura oficial do pavilhão idealizado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura e que contou com a participação do músico António Zambujo durante a inauguração do espaço.

A COP30 arrancou na segunda-feira com otimismo na cidade brasileira de Belém, após a aprovação por consenso da agenda de trabalho, considerada fundamental para “desbloquear” as negociações iniciais.